A Alta Performance Emocional (APE), como já afirmamos, é o resultado de um conjunto de competências que podemos, arbitrariamente, classificar em pessoais, relacionais executivas, mesmo que seus limites não sejam assim tão precisos.
Aqui vamos abordar as pessoais e, entre elas, a Autoestima.
Experts que se dedicam ao estudo destas competências são unânimes em afirmar que esta é um dos mais importantes componentes da APE.
Uma não existe sem a outra.
A boa Autoestima estabelece uma conexão positiva com a nossa essência. O “gostar de si mesmo” favorece o desenvolvimento pessoal que aumenta ainda mais a autoestima, num círculo virtuoso apontado para a excelência.
Entretanto nem sempre é fácil mantermos a Autoestima elevada.
Entre as pedras no caminho, podemos citar o nosso próprio descuido, a ação de roubadores de Autoestima, e, entre outras, até o desconhecimento de alguns aspectos básicos sobre ela.
Aqui vamos comentar um dos aspectos relacionados ao primeiro dos entraves.
Você já dever ter visto pessoas justificarem um trabalho mal feito pela falta de reconhecimento ou baixa recompensa.
André foi um destes casos. Vencedor, competente e dedicado, André teve uma evolução profissional das mais rápidas. Tudo indicava que logo seria promovido a um cargo de diretoria. Acontece que, devido a uma série de fatores, esta promoção não ocorreu. Outro foi colocado no lugar que julgava ser seu. André ficou triste, desanimado e passou a apresentar um desempenho insatisfatório. Aos mais próximos confidenciou que estava desmotivado, que não via razão para se esforçar e se comprometer, já que não tinha o seu trabalho reconhecido. A partir dali, dizia, só se dedicaria na proporção do reconhecimento que recebesse. Parecia uma troca justa. Mas o que André não percebeu é que, com esta conduta, não estaria mais sendo valorizado, nem pelos seus parceiros nem por si mesmo! Logo surgiu uma nova oportunidade ainda melhor – a que realmente estava destinada a ele – e André foi finalmente indicado. Mas agora as coisas eram diferentes. Aquele profissional seguro de si, confiante, determinado e admirado, fora substituído por um perdedor, inseguro, desvalorizado e fazendo o “jogo do mínimo”! Não é difícil imaginarmos o final da história. André não foi bem sucedido neste novo desafio. Inseguro, estressado, desrespeitado pelos seus pares e até por si mesmo; logo apareceram os primeiros problemas de gestão. Foi substituído. Fracassou!
A história de André – ou o “Descuido de André” – nos faz pensar em algo muito importante: Devemos nos empenhar ao máximo em tudo o que fazemos – independente do reconhecimento – pelo simples motivo de que aquela atividade está sendo realizada por nós; e nós somos bons e nos respeitamos por isso!
Saiba mais sobre este tema acompanhando-nos neste espaço.
Prof. Dr. Tabajara Dias de Andrade